ADAPTAÇÃO DE IMAGENS: UMA PROPOSTA PARA INCLUIR DEFICIENTES VISUAIS NAS AULAS DE HISTOLOGIA
Resumo
A Biologia é dividida em diversas áreas e para a realização deste trabalho foi escolhida a Histologia. Esta área tem a finalidade de estudar as células e tecidos animais e vegetais presentes nos organismos vivos. Para isso, é necessária a utilização de microscópios, pois essas estruturas são invisíveis a olho nu. A imagem é a principal ferramenta utilizada no ensino de Histologia e a grande utilização desses conceitos visuais torna excludente o ensino dessa ciência para alunos com deficiência visual, embora seja também de difícil compreensão para os alunos que enxergam. Para propiciar o ensino de conteúdos histológicos para deficientes visuais e melhorar o processo de aprendizagem para alunos que enxergam, é necessária a criação de metodologias que possibilitem a adaptação dessas imagens a fim de que estas permitam diferentes estímulos sensoriais, incluindo a leitura tátil. Alguns autores, estudados no decorrer da pesquisa, propuseram metodologias de adaptação de imagens, incluindo a transformação de imagens digitais de microscopia óptica e eletrônica para imagens em alto relevo, visando possibilitar a identificação das mesmas por deficientes visuais. Essas metodologias de adaptação foram, inclusive, submetidas à aprovação por deficientes visuais; contudo, não houve, até o momento, nenhum trabalho que acompanhasse o desempenho de alunos que utilizaram esse material e o comparasse com o de alunos que não os utilizaram. Como a inclusão na rede regular é proposta adotada em todos os níveis de ensino a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996), nosso objetivo é avaliar a eficácia desse tipo de metodologia como proposta inclusiva para o ensino de Histologia no nível superior. Dessa forma, verificamos de que forma a criação de esquemas a partir de imagens microscópicas digitais poderia contribuir para o ensino inclusivo de histologia, através da aplicação desses esquemas no ensino de deficientes visuais e utilização do processo de adaptação desses esquemas durante o ensino de alunos videntes. Os resultados obtidos propuseram-nos bases para utilizarmos uma metodologia, desenvolvida, a priori, apenas para o ensino de cegos, para o ensino de alunos normovisuais, fornecendo novas ferramentas para professores de todos os níveis de ensino. Palavras-chave: Histologia para cegos. Metodologia inclusiva. Ensino.
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