É POSSÍVEL PENSAR UMA EPISTEMOLOGIA PARA A EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL EM UM CONTEXTO DE PANDEMIA?
Resumo
Os debates traçados pelo campo da epistemologia da educação trazem contribuições significativas para pensar as novas formas de ensino. Apesar de sua inegável relevância, o contexto histórico atual, provocado pela pandemia de Covid-19, apresenta novos desafios, que demandam um constante repensar das estratégias de ensino. A história da educação brasileira é marcada por imensas desigualdades sociais que atingem, especialmente, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. A pandemia estimulou o debate sobre a exclusão social, as desigualdades de acesso às tecnologias informacionais e, em consequência, à educação de qualidade. Estima-se ainda que o confinamento social, proposto por autoridades sanitárias, pode ampliar os riscos de exposição das crianças e, sobretudo, o silenciamento à violências ocorridas no ambiente intrafamiliar. Diante deste quadro, o presente trabalho procurou dialogar com autores como Thomas Khun, Boaventura e Souza Santos e Charles W. Mills, tão importantes para a construção do pensamento científico, com vistas à problematização dos desafios epistemológicos e pedagógicos vivenciados pela educação contemporânea no Brasil. Objetiva-se assim, colaborar com reflexões que possam ser relevantes para o debate sobre os novos paradigmas do ensino.
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