DIRETORES DE ESCOLA E AS CREDENCIAIS MERITOCRÁTICAS: DESAFIOS NA SELEÇÃO DO BUROCRATA DE MÉDIO ESCALÃO
Resumo
O artigo apresenta os desafios da construção do ethos profissional do diretor escolar e apresenta argumentos pela construção de uma base legal que oriente um processo transparente para seleção de diretores em sintonia com a gestão democrática da educação pública conforme orienta o Plano Nacional de Educação. Compreendemos o diretor de escola como um burocrata de médio escalão (Lima, 2019) com um relevante papel na implementação das políticas públicas uma vez que são atores que desempenham papel central na condução dos assuntos públicos. O processo de seleção de diretores es escolares, no Brasil, contempla algumas credenciais dos candidatos, tais como a experiencia prévia, a formação, a avaliação realizada do seu perfil e a apresentação/avaliação de um plano de gestão (Amaral, 2021). Discutimos as credenciais meritocráticas (Sandel, 2020) que contemplam a formação inicial dos candidatos que entram em cena no processo de seleção de diretores escolares em diálogo com a burocracia de médio escalão. Indagamos se devemos instituir diretrizes nacionais relativas à formação inicial e continuada e, de alguma forma, definir quais credenciais meritocráticas serão exigidas para uma política em âmbito nacional.
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