A NECROPOLÍTICA QUE A PANDEMIA DESVELA: GENOCÍDIOS, MASSACRES, CHACINAS E O RACISMO ESTRUTURAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA

Autores

  • Ana Cristina Juvenal Cruz
  • Tatiane Cosentino Rodrigues

Resumo

Este artigo apresenta alguns elementos para analisar os impactos da pandemia da Covid-19 sob a ótica racial. Trata-se de examinar seus efeitos sobre as diferentes dimensões da vida social em especial na educação e na reconfiguração das desigualdades raciais. O argumento central é o de que a pandemia desvela os efeitos estruturais do modelo de racismo que constitui a sociedade brasileira. Desse modo, esse contexto visibiliza e a aprofunda, por meio de sua necropolítica explícita em que os modos de racialização são impostos no campo social, daí a designação adotada por algumas perspectivas de que se trata de uma pandemia racializada. O artigo apresenta tal argumento em duas partes: a primeira se debruça sobre o percurso teórico de Achille Mbembe que o permitiu elaborar o conceito de necropolítica; a segunda parte analisa tal conceito sob o contexto de recrudescência de modelos de cunho autoritário que impulsionam o modelo de gestão necropolítica cuja possibilidade se dá na articulação entre racismo e fascismo sob a lógica neoliberal. Desse modo, urge a questão do que pode a educação frente a esse contexto.

Biografia do Autor

Ana Cristina Juvenal Cruz

Professora do Departamento de Teoria e Práticas Pedagógicas (DTPP) da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE/UFSCar. Integrante da Linha de Pesquisa Educação, Cultura e Subjetividade.

Tatiane Cosentino Rodrigues

Professora do Departamento de Teoria e Práticas Pedagógicas (DTPP) da Universidade Federal de São Carlos – UFSCar. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE/UFSCar. Integrante da Linha de Pesquisa Educação, Cultura e Subjetividade.

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Publicado

06-10-2020