A PANDEMIA DE COVID-19 E A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
Resumo
O presente texto tem por objetivo apresentar reflexões sobre a pandemia da Covid-19 e a Educação Permanente em Saúde (EPS) à luz de alguns conceitos da análise institucional. O Brasil dispõe de uma política nacional de EPS desde 2004, formulada com a proposta de colocar em análise e movimento a formação inicial dos trabalhadores de saúde, a formação que ocorre no mundo do trabalho incluindo aquela que se faz em instâncias de participação e controle social e a que se faz nos processos de gestão. São reflexões produzidas em uma pesquisa participativa, modalidade pesquisa intervenção, com o referencial da análise institucional francesa e vinculadas a iniciativa do Programa de Pesquisas para o SUS (PPSUS). Apresentaremos em três tópicos alguns aspectos que a pandemia da Covid-19 mostrou sobre a potência e impotência da EPS no contexto do SUS. São eles: O caminho se faz caminhando: a pandemia coloca os pesquisadores em EPS; Heroísmo versus humanidade; Coordenação de cuidados e relações de poder. Concluímos que nos processos de institucionalização há capturas mas também há possibilidades de pequenas aberturas e deslocamentos, que indicam mudanças possíveis, mesmo em meio ao caos que a pandemia nos provoca.
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