DISCURSOS PANDÊMICOS E SENTIDO DE VERDADE: ACONTECIMENTOS NO BRASIL

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Resumo

RESUMO

Este artigo objetiva analisar os enunciados correlacionados que ocorreram no Brasil a partir da pandemia da COVID-19, discutindo como as relações de poder e saber foram facilitadores da propagação desses discursos. Utiliza-se da análise de discurso foucaultiana, em que o poder não é um componente concreto, não é observado e localizado dentro de uma determinada instituição ou do Estado, assim, também, não é algo individual, mas uma rede que se interliga. Com a polarização de ideias entre direita e esquerda, os enunciados políticos se intensificaram e isso resultou em embates fortes, ou em defesa inadvertida de cada lado, buscando um sentido de verdade. Nesse lugar, em que ninguém está fora, mas ao mesmo tempo ninguém está salvo, o jogo permanente é o da vigília, em que todos os olhos privam os movimentos alheios ao “teopoder” vivido nos discursos religiosos e políticos que se retroalimentam nas redes sociais, com farta distribuição de material fundamentado em fake news. Num momento de pandemia, em que muitos discursos se misturam, com a prevalência daquele de cunho religioso – por terem sido propalados de muitas formas e com muitos signos introjetados pelas pessoas em nossa construção genealógica – sobre os de base científica, negando estes últimos.

Biografia do Autor

Anderson Severiano Gomes, UFSCar/PPGE

Doutorando em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) com um projeto de pesquisa sobre o Currículo da Cidade de São Paulo, licenciado em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1998), Filosofia pelo Centro Universitário Uni-Ítalo (2008) e Mestrado em Educação (Currículo) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006) com defesa da dissertação: PCNEM (Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio): a perspectiva dos professores. Foi presidente do NEAFRO-PUC (Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da PUC-SP) na gestão 1997-1998. Pesquisador, consultor da área de educação em vários projetos no Brasil. Atualmente, além do doutorado é Diretor de Escola da Secretaria da Educação do Município de São Paulo no CEMEI Jardim Dom José I, além de Diretor de Instituto de Formação que leva seu nome: EducAnderson, onde desenvolve programas de formação continuada de professores. Desenvolveu atividades de formação de professores em todos os níveis em diversos projetos e níveis de ensino. Tem grande experiência na área de Educação, com ênfase em Currículo e Formação de Professores, atuando principalmente nos seguintes temas: cidadania, educação social, protagonismo infanto-juvenil, participação e orçamentos municipais, estaduais e federais e a estruturação do federalismo brasileiro.

Maria Cecília Luiz, UFSCar/PPGE

possui graduação em Licenciatura em Pedagogia pela UFSCar/Universidade Federal de São Carlos (1987), mestrado em Educação - PPGE/UFSCar (1999) e doutorado em Educação Escolar pela Faculdade de Ciências e Letras - Unesp de Araraquara (2004). Professora associada do Departamento de Educação e da Pós-Graduação da Universidade Federal de São Carlos, UFSCar. Coordena o grupo de pesquisa GEPESC - Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Subjetividade e Cultura com ênfases em temas como: Violências escolares; Educação, Pobreza e Desigualdade Social; políticas educacionais; Gestão Democrática.

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Publicado

06-10-2020

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