O TRABALHO DOS PROFISSIONAIS “NÃO DOCENTES”: ENSAIO SOBRE A DESVALORIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA MUNICIPAL DE JANDAIA DO SUL-PR
Resumo
Este estudo tem como objetivo discutir o papel dos funcionários de escolas e CMEIs públicas no município de Jandaia do Sul/PR, assim como suas possibilidades e desafios no desempenho das atividades profissionais. Como recorte de análise foram considerados os profissionais “não docentes” nas funções de serviços gerais; cozinha e apoio em geral. Ponderamos essa temática insuficientemente explorada pelos estudos acadêmicos, sendo que a história de um amplo contingente de profissionais ligados à rotina escolar ao longo do tempo, tem sido pouco conhecida. Quanto à abordagem metodológica, a pesquisa envolveu um levantamento bibliográfico, onde foram utilizados autores da educação, de políticas públicas, da sociologia e da filosofia, na busca de conhecer a estrutura de funcionários de escolas imposta no Brasil, seus paradigmas atuais e a herança histórica da profissão, sob o signo da desvalorização. Num segundo momento realizou-se uma pesquisa junto ao Portal da transparência do município de Jandaia do Sul, sendo possível acessar várias informações sobre os servidores de escolas e CMEIs. Por fim, desenvolvemos uma pesquisa de campo com 16 funcionárias dos estabelecimentos de ensino municipais, considerando o recorte temporal de julho de 2020. Em linhas gerais, o presente trabalho permitiu conhecer um pouco mais da realidade dos funcionários da rede municipal de educação de Jandaia do Sul, sendo possível analisar e refletir sobre suas condições funcionais de carreira e valorização profissional. O cenário encontrado na pesquisa apontou uma realidade preocupante, onde os funcionários da educação carecem de valorização e profissionalização para o melhor desempenho de suas atividades. Deve-se urgentemente priorizar ações que levem ao seu reconhecimento como profissionais da educação, em igualdade com os demais profissionais, pois o que observamos em muitas situações é como se eles fossem tidos como uma “sub classe”.
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